“Ser Defensora é não perder a esperança”
A Campanha #SouDefensora foi idealizada pela Associação dos Membros da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (Amdepro) com o objetivo de retratar a trajetória profissional de mulheres que se destacam no exercício de suas funções como Defensoras Públicas.
A iniciativa especial, dedicada ao mês da mulher, colheu entrevistas com defensoras públicas de todo o estado para mostrar que a figura feminina também pode ser protagonista de toda e qualquer carreira.
Abordando assuntos como igualdade de gênero e luta contra preconceito, dando continuidade à série, a Defensora Pública Denise Luci Castanheira contou como lida com os desafios da profissão e assegurou ser uma luta diária muito grande, mas que traz uma enorme satisfação profissional e pessoal.
Denise Luci trabalha com uma ideologia voltada aos ideais da Defensoria Pública. Em sua posse como Defensora Pública, afirmou: “Ser Defensora representa uma série de responsabilidades e, ao mesmo tempo, uma grata tarefa que a DPE me proporciona, e que prometo cumprir com a máxima lisura, competência e eficiência”. E desde então, vem cumprindo sua função com excelência.
Confira a entrevista na íntegra:
Quando entrou na DPE-RO?
Em novembro de 2016.
Atua em qual/quais comarcas?
Em Santa Luzia d’Oeste e Rolim de Moura.
Quais áreas?
Assistência jurídica integral e gratuita aos hipossuficientes na área criminal, cível, saúde, família, criança e adolescente, juizados especiais e procedimentos administrativos.
O dia 8 de março marca a luta das mulheres pela garantia de direitos e igualdade. O que torna essa data especial para as mulheres, em sua opinião?
A data é importante para relembrar as lutas por melhores condições de vida das mulheres nas diversas nações. Ademais, constitui oportunidade de avaliar periodicamente o que pode ser melhorado, através de programas e políticas específicas, evitando retrocessos.
Partindo do princípio de que você vive cotidianamente defendendo esses direitos, você tem visto avanços na sociedade?
A sociedade está cada vez mais sensível aos direitos da mulher e esses avanços podem ser notados em diferentes setores como nas artes (literatura, cinema, música etc), nas religiões, nas empresas, na imprensa e nas políticas públicas que incluíram questões femininas em suas agendas. A propósito, recentemente a Amdepro utilizou a música “Camila Camila” em sua campanha contra a violência doméstica, demostrando que a delicada situação da mulher é explorada em diversas linguagens. Atualmente, na área da tecnologia, existem aplicativos gratuitos que criam redes virtuais de proteção à mulher.
Como você vê o papel da defensora pública na luta contra o preconceito e a desigualdade?
A Defensoria Pública promove a assistência jurídica integral e gratuita da mulher vulnerável, inclusive daquelas em situação de maior desamparo econômico e/ou social, como idosas, presas, meninas e adolescentes, pessoa com deficiência, entre outros.
Em sua opinião quais os principais fatores que ainda necessitam de avanços para que as mulheres alcancem efetivamente a igualdade de direitos?
Diversos fatores precisam ser alterados, mas é importante também afastar o discurso conservador. A partir dessa troca de lentes, acredito que as mudanças serão naturalmente obtidas, diminuindo as desigualdades.
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