23 de junho de 2021 09h18min - Atualizado em 23 de junho de 2021 às 09h18min

Defensor Público Pioneiro: “Ver o crescimento da Defensoria Pública é muito gratificante”, diz Constantino Gorayeb

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A Associação dos Membros da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (Amdepro) divulga a segunda entrevista do Projeto Defensoras e Defensores Destemidos Pioneiros para contar a trajetória das associadas e associados pioneiros do Estado, buscando valorizar a luta de quem criou as bases de nossa atuação associativa e institucional.

O Defensor Público Constantino Gorayeb Neto é o segundo entrevistado e contou um pouco de sua história e trajetória na Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE-RO).

Constantino iniciou a atuação na prestação judiciária em 1987, atuando na então Fundação de Assistência Jurídica do Estado de Rondônia (Funajur), dedicando-se à defesa das pessoas mais vulneráveis.

Em 2002, juntamente com os demais pioneiros e pioneiras da carreira, tomou posse, efetivamente, como Defensor Público do Estado de Rondônia.

“Havia resistência na criação efetiva da Defensoria Pública, porém houve uma dedicação muito grande das Defensoras e Defensores Públicos Pioneiros para que a instituição fosse devidamente instalada e reconhecida. Ver o crescimento da Defensoria Pública é muito gratificante”, lembra o Defensor Público.

Ao longo da carreira, atuou nas comarcas de Guajará-Mirim e Porto Velho, nas mais diversas áreas, com atuação marcante na Execução Penal e na Infância e Juventude.

Foi Corregedor Auxiliar e Corregedor Geral da Defensoria Pública, sempre buscando resguardar as prerrogativas dos membros.

Também foi Subdefensor Público Geral do Estado entre 2012-2013.

Atualmente, é Conselheiro eleito de nível 4 do Conselho Superior da Defensoria Pública.

Confira a entrevista:

Quais as principais dificuldades enfrentadas no início?

Não havia estrutura física para atuação, sendo que os materiais de trabalho eram custeados pelo próprio Defensor Público. Além disso, não havia equipe de assessoria, ficando á cargo do Defensor executar todas as atividades
.
Quando atuava junto à Vara de Tóxicos de Porto Velho, em 1997, conseguiu junto ao magistrado a doação de um carro para a instituição, o que foi um dos primeiros veículos oficiais disponíveis.

Havia resistência na criação efetiva da Defensoria Pública, porém houve uma dedicação muito grande das Defensoras e Defensores Públicos Pioneiros para que a instituição fosse devidamente instalada e reconhecida.

Ver o crescimento da Defensoria Pública é muito gratificante.

Lembra algum fato ou atuação marcante?

Com tantos anos de atuação, várias passagens são marcantes, especialmente por atuarmos na defesa de quem é mais vulnerável e que não possui esperanças.

A atuação na área de Execução Penal, por exemplo, permitia não só o atendimento do apenado mas também o contato com suas famílias, ouvindo suas histórias e dificuldades, sempre com uma visão humana que tentava resguardar a dignidade e o respeito daqueles.

Ainda, pessoalmente, os casos de violências e abusos contra crianças e adolescentes, na atuação na área da Infância, muitas vezes praticados pelos próprios familiares, são situações que, até hoje, tocam e fazem refletir não apenas sobre o aspecto legal, mas também sobre a sociedade em geral.

Segue na atividade fim, sendo titular da 15a Defensoria Pública de Porto Velho.

Fonte da Notícia: Ascom Amdepro